20 de abril de 2005

Temporada cinematográfica

Eu tinha me esquecido há algum tempo como era ver um filme bom.
Não um filme bom tipo, direção boa, música boa, essas coisas.. Filme bom daqueles que me fazem pensar e refletir nas coisas que acontecem, como eu sou, como o mundo é.. essas questões existenciais-filosóficas.
Não sou e nem pretendo ser uma crítica de filmes, mas não posso deixar de falar sobre estes dois filmes.
1) "Diários de motocicleta"
O filme retrata a viagem de moto (la poderosa) que Che Guevara e seu companheiro fizeram pela América Latina. Além de mostrar um outro lado de Che Guevara, o filme mostra muito bem todos os conflitos, injustiças e o abandono presentes na América Latina. Também mostra o nascer de um idealismo, apesar de eu achar que nós já "nascemos" idealistas, precisamos de um empurrão para que possamos, de fato, colocarmos nossas idéias em prática. E foi o que aconteceu com Che nesta viagem. Quando eu acabei de ver o filme, eu pensei no quanto insiginificante eu era. O objetivo da viagem era de pura diversão, mas eles acabaram ajudando muitas pessoas, não só como médico e bioquímico, mas como amigos também.
Isso dá uma sensação de inutilidade, sabe? Mas enfim.. o filme é muito bom.. faz a gente parar pra pensar e rever as atitudes.

2) "Em nome de Deus"
Esse filme foi outro filme que me chocou demais. Existem dois filmes com esse nome, esse que eu vi fala sobre o convento da Madalenas, na Irlanda, um convento onde as jovens que foram "pecadoras" tinham que trabalhar na lavagem de roupa 364 dias por ano sem nenhum tipo de remuneração. O engraçado é que os pecados, nem sempre eram pecados e sim uma falta de tolerância e uma hipocrisia absurda da sociedade.
O filme tem como principais personagens três adolescentes: uma foi estuprada pelo primo; a outra engravidou antes de casar; e a última era uma orfã bonita demais, e por isso foi considerada uma "conquistadora". Os pecados eram absurdos, e não tinham pena determinada, muitas mulheres que foram para estes conventos lá morreram. O que é chocante no filme são os maltratos e humilhações que essas meninas sofriam, eram estupradas pelos próprios padres, apanhavam, eram chamadas a toda hora de prostitutas, enfim.. um absurdo. Como se não fosse suficiente um castigo desses, elas não podiam conversar em nenhum momento.
E essa história é contada em plenos anos 60, pasmem!!! Não acreditei quando vi. A última lanvanderia foi fechada em 1996, isso foi noutro dia. Se eu já tinha raiva da Igreja, depois desse filme ela só aumentou.
Antes que todos pensem que eu sou contra o catolicismo, deixem-me explicar: eu sou contra a instituição Igreja, que sempre fez merdas e mais merdas pela história em nome da moral, enfim.. em nome de Deus.

12 de abril de 2005

Sou assim

Sou uma bobona mesmo.
Por quê eu tenho que ligar pra coisas que não me interessam mais? Ou por coisas que eu preciso não ligar pra viver bem?
Tô hiper-chateada por essas coisas que não existem, ou melhor não deveriam existir. Mas sabe de quem é o problema? Meu e só meu. Porque eu sou uma cabeça dura que finjo que não escuto as pessoas e sou orgulhosa de mais pra adimitir que escutei sim, e que eu não vou fazer nada.
Orgulho e rancor, são duas coisas que eu realmente gostaria de jogar fora. Assim como o egoísmo. Caraca, desde de a 5ª série que eu percebi essas "qualidades" na minha pessoa.
Eu não consigo mudar, talvez eu nem queira, mas também não sei o porquê disso.
E não. Eu não estou em crise. Nem um pouco. Só chata, chateada, na chatice.
Só que eu não consigo parar de pensar nessas coisas. Eu nunca me tolero. Pelo menos quando eu não quero.
É até cômico. Às vezes eu discuto comigo mesma. Esse blog de certa forma é o meu espelho público. Onde eu me vejo, e os outros também..
E daí?

Musiquinha - Phill Collins - Trilha sonora Tarzan - Strangers like me
Whatever you do, I'll do it too
show me everything and tell me how,
It all means something and yet nothing to me
I can see there is too much to learn,
it's all so close and yet so far,
I see myself as people see me
I just know there's something bigger out there.
I want to know, can you show me?
I want to know about the strangers like me.
Tell me more, please show me,
something is familiar about the strangers like me.

Every gesture, every move that she makes,
makes me feel like never before
Why do I have this growing
need to be beside her?
There are some emotions that I never knew,
some for the world far beyond this place,
beyond the trees and above the clouds,
I see before me a new horizon.
I want to know, can you show me?
I want to know about the strangers like me.
Tell me more, please show me,
something is familiar about the strangers like me

Come with me now to see my world,
Where there's beauty beyond your dreams,
Can you feel the things
I feel right now with you?
Take my hand there's a world I need to know.
I want to know, can you show me?
I want to know about the strangers like me.
Tell me more, please show me,
something is familiar about the strangers like me.